quarta-feira, 25 de maio de 2011

Interfaces educacionais



INTERFACES DIGITAIS EM EAD
O acesso ao conhecimento, direito de todos, vem ganhando seu merecido espaço com o advento da tecnologia. As ferramentas de informação e comunicação estão por toda parte e tem permitido acesso a este “conhecimento” nos mais remotos pontos do universo.
Não existem mais barreiras, e com a planificação do mundo, a educação vem passando por transformações cruciais. E pela primeira vez, na existência da humanidade, toda sua história está disponível em um “clicar” de mouse.
Não se pode tratar, hoje, os processos de ensino e aprendizagem baseados na hipermídia sem que se entenda previamente a evolução da própria sociedade e o contexto em que esta mesma sociedade está inserida.
Parafraseando Jordi Adell e Manuel Castells, Lorenzo García Aretio expõe, em seu livro De la educación a distancia a la educación virtual (2007), que o contexto histórico resulta em fator determinante para explicar a implantação e popularização de uma tecnologia, e que a sociedade atual é uma propulsora decisiva não só da inovação, mas também de sua difusão e propagação.
Ainda temos a TV como a mais difundida das hipermídias, mas o advento da microinformática tem propiciado, em nossa cultura, o acesso às mais diversas mídias, utilizadas, entre outras funções, para criar, comunicar e melhorar os processos de ensino e aprendizagem baseados na inter-relação midiática que se observa atualmente.
Por sua vez, o professor tem seu papel aprimorado para um “arquiteto cognitivo” onde o mais importante em sua nova carreira é seu papel como mediador para a construção da aprendizagem de alunos e/ou outros professores (no caso de formação de formadores).
Ambientes chamados “telemáticos” tiveram uma entrada repentina em nossa sociedade, a chamada sociedade da informação e comunicação, provocando uma ruptura radical das coordenadas tradicionais de tempo e espaço e tornando imprescindível o uso de diferentes instrumentos tecnológicos.
Exemplo de Interface educacional:

Abaixo um video que traz um exemplo de uma conhecida e muita utilizada interface educacional e algumas de suas caracteristicas e usabilidade:



terça-feira, 10 de maio de 2011

Web 2.0 não é nenhum bicho de sete cabeças


Objetivos:

  • Entender o que é Web 2.0,
  • Saber para quê e para quem é a Web 2.0

Entendendo o que é Web 2.0

Com os avanços tecnológicos recentes, houve uma potencialização da participação dos usuários no que diz respeito à criação, compartilhamento e difusão de arquivos na internet. Cada vez mais os sites passam a se 
fundamentar em dados recolhidos e postados (disponibilizados online) pelos próprios internautas. Assim, até mesmo as plataformas e interfaces foram se transformando: alguns softwares tiveram seus códigos-fonte abertos, o conteúdo passou a ser ouvido e visto no próprio site, o design e o funcionamento se tornaram passíveis de modificações por parte dos usuários, entre outras mudanças em curso. (BRESSAN, 2007).

O termo web 2.0 foi criado por Tim O’Reilly e tem o seguinte conceito na Wikipédia:

“Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva.”

Porém, visando a  facilitar seu entendimento do termo com uma visão brasileira, seguem 2 vídeos, um com Marcelo Taz e outro com Paulo Henrique Amorim, falando de modo simples e breve o que é para eles a web 2.0.

Marcelo Taz


                                                                     Paulo H. Amorim

Web 2.0 - Compartilhando informações

O termo Web 2.0 tambem está associado a aplicações WEB onde o objetivo principal é facilitar os seguintes aspectos:
  • Compartilhamento de informações de maneira interativa;
  • Interoperabilidade;
  • Desenvolvimento com foco no usuário e,
  • Colaboração na World Wide Web (www).



Um site baseado no conceito web 2.0 proporciona que o usuário interaja com outros usuários ou mesmo altere o conteúdo deste site, diferente dos sites da geração web 1.0, ou da televisão que transmite o seu conteúdo para o usuário, sem nenhuma interação, de maneira estática, a Web 2.0 possibilita ao usuário criar seu próprio conteúdo, participando dele ativamente por intermédio de blogs, wikis e redes sociais, acrescentando, modificando, transformando essa notícia e gerenciando o que deseja ou não receber, ler e comentar diariamente.
A web 2.0 tem sua base na participação, na colaboração online e na certeza de que as pessoas querem criar conteúdo em vez de apenas consumir, uma visão totalmente diferente do início da web 1.0 quando só podíamos nos sentar a frente do computador e ler as matérias que nos eram apresentadas.

Alguns exemplos de aplicativos Web 2.0 muito difundidos são:



O' Really (2005) apresenta-nos a seguinte tabela de diferentes aplicativos na web 1.0 e na web 2.0:


Web 1.0 Estática / Não interativa


Web 2.0 Cooperativa / Interativa


DoubleClick

Google AdSense
Ofoto
Flickr

Akamai
BitTorrent

mp3.com

Napster

Britannica Online
Wikipedia

personal websites

blogging
evite

upcoming.org and EVDB

domain name speculation

search
page views

cost per click

publishing

participation
content management systems

wikis

screen scraping

web services

stickiness

syndication




Principios básicos da Web 2.0

Dentre os princípios básicos da Web 2.0 se inserem: usos espontâneos; contribuições dos usuários; escalabilidade facilitada; descentralização radical; serviço rápido personalizado; serviço massivo de micromercados; programa como um serviço; direito à modificação; participação – tudo isso através de interações que ocorrem em via dupla nas relações usuário-usuário, usuário-dados ou usuário- serviços/linguagens.

Assim, Hinchcliffe (2006) escreveu:
"Web 2.0 é um termo que se “ama odiar” ou se “odeia amar”, mas que, apesar disso, chama atenção. Não é uma tecnologia, mas uma maneira de arquitetar negócios e software. É um jogo de forças relacionadas, padrões de design e modelos de negócios que estão emergindo cada vez mais em escala mundial, e, definitivamente, não é um saco de conceitos jogados ao acaso."


Que tal um pequeno glossário de termos comuns a Web 2.0?
Elaborado pelo jornal Folha de S.Paulo:

AdSense: Um plano de publicidade do Google que ajuda criadores de sites, entre os quais blogs, a ganhar dinheiro com seu trabalho. Tornou-se a mais importante fonte de receita para as empresas Web 2.0. Ao lado dos resultados de busca, o Google oferece anúncios relevantes para o conteúdo de um site, gerando receita para o site a cada vez que o anúncio for clicado.

Ajax: Um pacote amplo de tecnologias usado a fim de criar aplicativos interativos para a web. A Microsoft foi uma das primeiras empresas a explorar a tecnologia, mas a adoção da técnica pelo Google, para serviços como mapas on-line, mais recente e entusiástica, é que fez do Ajax (abreviação de "JavaScript e XML assíncrono") uma das ferramentas mais quentes entre os criadores de sites e serviços na web.

Blogs: De baixo custo para publicação na web disponível para milhões de usuários, os blogs estão entre as primeiras ferramentas de Web 2.0 a serem usadas amplamente.

Mash-ups: Serviços criados pela combinação de dois diferentes aplicativos para a internet. Por exemplo, misturar um site de mapas on-line com um serviço de anúncios de imóveis para apresentar um recurso unificado de localização de casas que estão à venda.

RSS: Abreviação de "really simple syndication" [distribuição realmente simples], é uma maneira de distribuir informação por meio da internet que se tornou uma poderosa combinação de tecnologias "pull" --com as quais o usuário da web solicita as informações que deseja-- e tecnologias "push" --com as quais informações são enviadas a um usuário automaticamente. O visitante de um site que funcione com RSS pode solicitar que as atualizações lhe sejam enviadas (processo conhecido como "assinando um feed"). O presidente do conselho da Microsoft, Bill Gates, classificou o sistema RSS como uma tecnologia essencial 18 meses atrás, e determinou que fosse incluída no software produzido por seu grupo.

Tagging [rotulação]: Uma versão Web 2.0 das listas de sites preferidos, oferecendo aos usuários uma maneira de vincular palavras-chaves a palavras ou imagens que consideram interessantes na internet, ajudando a categorizá-las e a facilitar sua obtenção por outros usuários. O efeito colaborativo de muitos milhares de usuários é um dos pontos centrais de sites como o del.icio.us e o flickr.com. O uso on-line de tagging é classificado também como "folksonomy", já que cria uma distribuição classificada, ou taxonomia, de conteúdo na web, reforçando sua utilidade.

Wikis: Páginas comunitárias na internet que podem ser alteradas por todos os usuários que têm direitos de acesso. Usadas na internet pública, essas páginas comunitárias geraram fenômenos como a Wikipedia, que é uma enciclopédia on-line escrita por leitores. Usadas em empresas, as wikis estão se tornando uma maneira fácil de trocar idéias para um grupo de trabalhadores envolvido em um projeto.

Calma! Calma! ....é mais simples do que parece.... 





Concluindo, então...
Web 2.0, para quem e para quê?


Hinchcliffe (2006), cita a frase: “Web 2.0 é feita de pessoas”.

Sim, a Web 2.0, é feita de e para todos nós.


Resumindo Web 2.0  com quatro palavras:

Interação, colaboração, liberdade e acessibilidade.


Referências:

BRESSAN, Renato T.. YouTube: intervenções e ativismos. In Anais do XII Congresso da
Comunicação na Região Sudeste/ V Encontro Regional de Comunicação. Juiz de Fora. 2007.


HINTCHCLIFFE, Dion. Review of the year’s best Web 2.0 explanations.

_______. The state of Web 2.0. http://web2.wsj2.com/the_state_of_web_20.htm 

O’REALLY. What is Web 2.0: design patterns and business models for the next generation of
software. [09/2005]. Disponível em:

Sites visitados: